Dois Tempos
Eu não sei a quantas anda o meu relacionamento com minha família. Sei que tudo que faço dentro da casa do meu pai é analisado como se fosse problema. Sinto que estou passando pela adolescência tardia. E sei bem o porque disso, porque me tornei um adolescente agora. Porque eu sempre fui um velho ranhento. E mais que isso, sou um velho. E só isso. Não que minha aparência seja idosa, mas minha mente é dura como uma pedra. E eu sou assim, cheio das manias e coisas que só um senhor de longa data teria. Mas esse não é o problema. Porque é ser assim, velho, idoso, recalcado, é parte de mim. E me dei conta que, se eu não for assim, não sou eu. Mas, não é, e nunca foi, um problema ser eu mesmo. O grande problema, é ser quem as pessoas esperam que eu seja. Ser quem meus pais esperam que eu seja é um problema! Porque, afinal, não sou o fruto da imaginação deles, sou o fruto da, literalmente, safadeza disfarçada. Estou percebendo agora que eu não tenho nenhum objetivo com esse texto, e é possível