Culpa da Revolução Francesa


Qual é o tema em voga na política nacional? Temos muito a responder, pois o Congresso revela-se como o poder que mais inova na ordem política brasileira. Não há tema certo, há bilhões de temas que sempre cerceiam o mesmo motivo, uma corrupção mal resolvida, da qual não conseguimos nos livrar, desde o descobrimento da Sagrada Vera Cruz.

Vamos falar de escândalo Sarney, que tema batido, mas... você já percebeu que a pessoa que menos fala disso é o próprio! Porque? Olha o nível que temos para discutir isso: cartões vermelhos, ameaças de desfiliação 'irrevogável'(lembra-se disso, acho que já deu tempo de esquecer... será que ele ganha para governador?), troca de acusações, chantagem expressa, baforadas no microfone do plenário, entre outras intempéries que, se listadas, eu perderia minhas digitais nos botões do teclado.

Às seis e vinte e quatro desta manhã eu e meu pai estávamos discutindo, ou melhor, ponderando opiniões a respeito do quadro apresentado. Ele, totalmente a favor da peripécia do cartão vermelho, eu desaprovando completamente. Pense, quando é que um Senador, um representante do Estado (se é que lembram que o Senado Nacional corresponde à Câmara dos Lordes inglesa, no sistema dos 'pesos e contrapesos'), é levado pelo populismo político generalizado, a tomar atitudes infantis, ou até mesmo, desprovidas de fundamentação, para repreender o superior hierárquico imediato?

Longe de defender os atos administrativos secretos do Sarney(ato administrativo, é público por natureza, ato secreto é inexistente para o caso), convenhamos que essa prática é aplicada em larga escala em todas as esferas da nossa federação.

É só observar como os políticos não articulam mais, acho que até eu ganharia de qualquer um deles no xadrez. Todo político deve entender de estratégia, a atitude 'irrevogável', de nosso querido Mercadante não foi pensada em nenhum momento, tomada em conformidade com as emoções gerais da sociedade. Tanto mal pensada foi, que realizada, não foi. E isso é porque estamos tratando de gigantes da política nacional, pessoas de nome(e renome, diga-se de passagem), levando o congresso para o nível da 'conversa-de-feira-de-domingo'.
Quero pensar que todos concordamos que desejamos manter um parlamento isento das mais acaloradas discussões, à exemplo da política sul-coreana(dá quebra-pau todo dia). A questão é muito mais simples, esqueçamos o Sarney e vontemos nossas mentes para a aprovação do pré-sal, o resto que fod*-cE. Esquecemos até do desvio de verbas do dízimo da Universal, que na minha concepção é pior.
Tudo culpa da Revolução Francesa, nada tinham os Burgueses que destruir a monarquia! Prefiro Hegel. (Machiavelli é bem atraente também, com resalvas)

Comentários

Anônimo disse…
^^ eu num entendi nada[como de costume]...mas vc ta escrevendo muito bem!

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