Variações Sobre o tema

Eu revi todos os meus conceitos a respeito do que é o direito para mim. E o porque eu faço o que faço. Foi a última aula da Márcia Arnauld, acho que todo mundo sentiu isso. Um desânimo. E o pior, é que ela só falou a verdade nua e crua. Eu que pensava ter parado de viver em um mundo de sonhos, descobri que fazer a faculdade de direito é o último e o meu maior sonho (sonho no sentido de fantasia de criança).
Percebi que às vezes pareço uma criança que adora ter crescido, e agora participa do mundo adulto, ou semi-adulto. Quem mais gosta disso é o Bug, ele ouve CBN.! E faz análises semi-críticas daquilo que ouve, e ainda compartilha com o pai do Kaissara.! Fiquei passado. Já comentei sobre esta noite aqui. Sem querer, nós caminhamos par ao normal. Nós buscamos o clichê. Nós queremos o óbvio. E numa sociedade que, desesperadamente, tenta fugir do normal, pois a realidade é sem graça, para viver um paradoxo do sonho.
Hoje vivemos um pouco das idéias de Kant, queremos atingir o mundo ideal. Percebes como você sempre quer chegar à perfeição, e sempre busca o ideal(eu pelo menos tento isso). Isso se aplica para todos os componentes da sociedade. Mas como a crítica sempre alertou, o mundo das idéias de Kant, que surgiu lá com Platão, nunca será plenamente alcançado.
Ontem eu estava extremamente enfastiado da minha escola. Muito chateado com todos ali dentro. Porque todos usavam máscaras, e eu também. Me odiei muito por isso. As pessoas de lá não me conhecem. Acho que pouquíssimas pessoas me conhecem. E se você quiser saber, só existe uma pessoa que sabe tuuuudo de mim, e não é Deus, pena que não recebo isso de volta, mas acho que deve ter seus motivos próprios.
Teve um caso prático de Direito Romano, e adivinha! Não quis participar, não estava com sono, me fingi dormir. Tentei argumentar no começo, aplicar meu maldito método, não gostei muito das reações, principalmente porque sei que elas foram motivadas por mim mesmo. Então resolvi seguir o conselho do Quiroga e calar a boca. Como sempre, eles se confundiram na argumentação, perderam o foco da discussão, e não fundamentaram direito. Sem contar que, com tanta opinião sem embasamento, o texto da resposta apresentava contradições extremamente consideráveis. E eles ainda tiveram a coragem de relevar aquela nota!
Estou pensando seriamente em deixar o curso, trancar o primeiro ano. Sabe, não me relaciono com aquelas pessoas. Não faço parte daquele mundo. Elas me estranham, ou eu estranho elas. Sabe quando você se sente fora do lugar! E não foi só por causa do banho de realidade da Marcita-Mega-Top-Foda, já pensava nisso faz tempo.
Eu queria tanto ter tempo para voltar à Caixa Cultural, eu gosto de conversar lá. Tempos que eu não alivio a tensão do dia-a-dia. Os nervos começam a aflorar. As pessoas que lerem isso me interpretarão de modo errôneo, entretanto, não é nada do que pensam. Sempre com a melhor das intenções.
Fui elogiado no trabalho hoje. Eu gosto daqui, pena que pagam pouco. Mas eu resolvi esperar até eu tirar minhas primeiras férias. O dia está muito quente, eu estou querendo arrancar a roupa, como ontem. (O perigón no menene aqui do PLA!, ai me mato. é engraçado,)
Eu acho que estou me sentindo como uma mulher rejeitada. Eu passei na loja de doces e gastei litros de dinheiro com bobagens e guloseimas. 'Stou comendo todas elas agora. Minhas unhas doem, e minha cabeça está pesada. O Bug disse que tinha pontadas na cabeça, eu sei como é. Eu as tenho no coração(não é melodrama, é verdade).
Eu vivo uma vida normal, comum, de gente da classe C, ou ainda D. Que pega ônibus, não tem casa, e está começando a vida. Jovenzito perdido, e meio que se acha.

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