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Mostrando postagens de fevereiro, 2010

Missa, Órgão, Canto Gregoriano

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O sábado foi tão parado, tão inútil, tão sozinho, tão trancado. Decidi apostar todas as minhas fichas no domingo. Saí cedo, aliás, acordei cedo. Às oito levantei-me e fui tomar banho. Toda a família reunida em volta da mesa, eu passei nem dei oi. Desci, de toalha, e fui ao meu quarto. Estava precisando de um pouco de glória pessoal. Escolhi a roupa para aquilo. Vesti uma cueca branca, coloquei uma camiseta cinza, uma camisa branca e a abotoei, subi a calça social preta em tom único e uniforme, fechei o ziper e abotoei a braguilha. Por cima, coloquei o tão famoso casaco inglês e o abotoei. Na lapela, inseri o broche argentino que ganhei de Vossa Alteza Sereníssima, Arquiduquesa das Terras de Bangkok, do Sacro Império da Terra de Vera Cruz, e Vossa Majestade Real do Reino de Profterólis, Vagner. Passei meu perfume, peguei meu Estado, e saí. Meu destino é o Largo de S. Bento, o objetivo é assistir a Missa do 5º domingo comum, às 10:00hs. Igreja lotada, sentei-me no canto direito, em frent

Peça em Dois Atos

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PRIMEIRO ATO ...e Você Entrei pelos portões principais. O colégio está apinhado de gente. Vieram todos para ver a exposição. Entrei pelo saguão. Vestido com uma calça social e camisa branca, coberto pelo meu terno inglês, de cor marrom. O tom verde do azuleijo é intenso, alguns signos do zodíaco nas paredes, quem sabe o que queremos dizer com isso? Subi as escadas, passando a mão pela murada, e nela, alguns cravos, para evitar que os audazes estudantes de filosofia e teologia desçam de maneira mais rápida. Nunca imaginei encontrar isso naquele colégio. A primeira parada, a sala do conselho episcopal. Piso de madeira maciça. Mesa belíssima com algumas cadeiras estofadas e muitos sofás. A poltrona de S. Santidade, guarnecida por um cordão. Um piano preto, sentindo aquele cheiro de mofo. Uma imagem de S. Bento, vestido de preto. E um armário, estranho. Segui para o corredor, onde haveria de ter uma exposição mais exposição. Entrei na segunda sala. Os quadros eram simplórios, um todo verme

Machado

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Vamos ao tom Machadiano, creio que se este vivo fosse, com certeza, comentaria a respeito das prisões em série que verificam-se no Rio. Não conheço o Rio, não sei como sua população age, entretanto, a nossa Global rede de televisão imprime em cada um de nós um 'q' de carioca. Sinto-me obrigado a reverenciar o Rio, (ex-)capital do Império, e o próprio Machado com o que segue: A liberdade está em jogo nas terras do Rio de Janeiro, o King Size deveria manifestar sua potência e poder e colocar ordem as suas terras. A milicia governamental está enjaulando o populacho carioca por ato obsceno! Pasmem, leitores, o ato de urinar em via pública, costumaz prazer dos cariocas mais fiéis às tradições da Maravilhosa Cidade, tornou-se ato prohibido. Outrora, tranquilamente, o transeute da capital fluminence poderia, ao sentir os típicos sinais que indicam que o líqüido amarelado, sobra dos trabalhos do sistema excretor, afluirá pela uretra, desabotoar a barguilha e semi-arriar suas calças, en