Missa, Órgão, Canto Gregoriano



O sábado foi tão parado, tão inútil, tão sozinho, tão trancado. Decidi apostar todas as minhas fichas no domingo.
Saí cedo, aliás, acordei cedo. Às oito levantei-me e fui tomar banho. Toda a família reunida em volta da mesa, eu passei nem dei oi.
Desci, de toalha, e fui ao meu quarto. Estava precisando de um pouco de glória pessoal. Escolhi a roupa para aquilo.
Vesti uma cueca branca, coloquei uma camiseta cinza, uma camisa branca e a abotoei, subi a calça social preta em tom único e uniforme, fechei o ziper e abotoei a braguilha. Por cima, coloquei o tão famoso casaco inglês e o abotoei. Na lapela, inseri o broche argentino que ganhei de Vossa Alteza Sereníssima, Arquiduquesa das Terras de Bangkok, do Sacro Império da Terra de Vera Cruz, e Vossa Majestade Real do Reino de Profterólis, Vagner.
Passei meu perfume, peguei meu Estado, e saí.
Meu destino é o Largo de S. Bento, o objetivo é assistir a Missa do 5º domingo comum, às 10:00hs.
Igreja lotada, sentei-me no canto direito, em frente à Capela do Santíssimo. Pontualmente, os sinos tocaram e as portas de madeira maciça do claustro foram abertas.
A fila de monges beneditinos se estendia por trás do ostensório que era conduzido pelo padre.
O som do orgão encheu a construção, e um cheiro de madeira velha estava presente no ar, era o órgão eliminando a poeira em seus tubos.
Quando todos tomanram seus assentos no altar, a mirra foi lançada, e aquele odor inebriante invadia minhas narinas.
A missa se segue com o Canto Gregoriano e o Órgão, a intervalos regulares.
Rezei um Credo, prestei atenção no sermão, rezei Ave Maria, Pater Noster.
Fim da missa, cheiro de mirra, canto Gregoriano, Órgão tubular, batinas esvoaçantes, monges beneditinos, Igreja de S. Bento. perfeito ^^

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