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Pensei fazer um texto científico. Mas, sabe, os textos científicos são cansativos, não dão ibope. Aí, então, pensei em fazer algo engraçado. Mas, a qual é a diversão que existe em um texto sociológico? Nenhuma.
Tudo porque, numa dessas manhãs comuns, em que nada se faz, nada se busca, e os olhos estão pregados. Acho, sinceramente, que foi o sono... a verdadeira questão é que eu fiquei imerso em meus pensamentos. Se eu estivesse pensando em algo útil, como, por exemplo, a perfeição das pernas da garota sentada à minha frente, ou a boca delineada do rapaz ao lado... mas não, eu estava fazendo conjecturas sobre as coisas a minha volta e a matéria de filosofia e sociologia.
Tanto pensei, que já estava citando nomes: Weber pensa assim, e diz isso... Já o utilitarismo, formulado por... pápápá! Que coisa chata. Talvez, por ser tão cansativo e chato, eu estava pensando nisso. É uma coisa que eu adoro fazer... ser chato.
Minha maior colaboração para a sociologia atualíssima, foi ter percebido, que a 'FIFA World Cup' é um fenômeno de dimensões mundiais, mas isso é facilmente percebido. O que eu realmente percebi é o fato que nenhuma religião, por maior que seja, consegue reunir tantas pessoas sob uma mesma bandeira. Por mais que o Islamismo tente, por mais que o Cristianismo tente, nenhum deles consegue unir o mundo todo em prol de um ideal comum! E, no fim, todas as religiões de grandes proporções buscam o mesmo ideal: a comunhão do homem com ele mesmo, e com o divino.
O que eu vivo dizendo, o que eu sempre pensei, o que ninguém nunca se deu ao trabalho de perceber é que a religião é um fenômeno essencialmente social. Quando entrei na faculdade e ouvi isso da boca do professor, e ouvi ele dizer que muitos filósofos já disseram que a religião é um fenômeno social (ubi societas ibi ius), eu, finalmente, me senti aliviado.
Mas, a propósito das aulas de Sociologia, estamos estudando o pensamento de Weber, um clássico. Como anteriormente já foi dito. Mas, um particularidade entrou na minha mente: Weber diz que as religiões vem para, enquanto fenômeno social, unir as pessoas sob um objeto único, um objetivo único, como um modo de identificação da população. Com a crescente tendência de secularização das coisas, com o avanço do capitalismo, desvinculado da religiosidade, os signos religiosos que uniam as pessoas tendem a ser substituídos por signos laicos.
Me surgiu o exemplo que tão logo vem a calhar, por estar tão em voga. A própria Copa do Mundo é um exemplo do que Weber disse, um movimento laico, que une as pessoas sob uma única bandeira. E mais do que isso, fez o que nenhuma religião conseguiu fazer... Une Confucionistas, Taoístas, Budistas, Cristãos, Protestantes, Islãmicos, Ateus [...] e aí vai. Sob um único signo, laico, e simplório. Uma bola!

Que coisa, interessante, deveras interessante.

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