Sem 'que' nem 'pra que'!

O que será que eu devo entender por felicidade? Acho que, no momento, sou incapaz de definir esta palavra. Sabe o que eu sinto? Eu estou com uma vontade imensa de nada. Nada pra pensar... gostaria de ser inerte. Gostaria de poder não necessitar nada.
Tudo começa onde, quando, como e porque... eu nasci. S. Caetano do Sul, Dezembro de MCMLXXXIX, cesariana, sem explicação. Questões objetivas são fáceis de responder, porque elas possuem resposta simples, clara e convincente. O problema é explicar o porque! Porque o universo existe? Porque a humanidade existe? Porque os humanos são falhos? Porque os humanos querem atingir a perfeição? Porque não podemos aceitar os erros? Porque dizemos que os erros são erros? Porque!
Eu não sei como estou escrevendo, minha cabeça está doendo tanto. Sabe, pense bem... como é que eu fui ficar doente, ainda mais neste momento, digamos, delicado.
Não sei se devo me importar, ou se simplesmente devo esquecer. Porque, no fim de tudo... as coisas passam, a vida passa e tudo que temos, e fazemos, e pensamos... são coisas passadas. A Lei não retroage porque nossa vida não retroage! É a coisa obvia, que ninguem nunca disse.
Sentir, aliás... eu senti demais. Eu acho que no fim, eu só queria saber... só queria conhecer, sentir. Mas sou culpado por querer sentir.
Pecado só é qualificado quando é realizado com prazer - assim diz a palavra do meu conselho, mas minha razão me mostra duas possibilidades: ou o pecado é prazeroso, ou ele é desinteressante para a dominação. Veja, a mentira nunca é prazerosa: sempre mentimos para poupar os outros, para manter nossa posição, para ocultar fatos escandalosos. A mentira tem função social, sem ela, o mundo não seria habitável.
Reconheço o caráter deplorável que a mentira possui, entretanto, devemos observar que ela é necessária. Como? Como uma coisa necessária pode ser vedada? Como pode ser proibida? Ela deve ser controlada e analisada.




Imperial Cidade de São Pavlo de Piratininga, décimo quarto dia do quinto mês do Ano da Graça de Nosso Senhor de Dois mil e Dez

ou

Sacra Imperial Cidade dos Campos de Piratininga de S. Pavlo da Terra de Vera Cruz, décimo quarto dia do quinto mês do Ano da Graça de Nosso Senhor Beams, Filho de Léa, V.



Minha vida literária, no momento, tem dedicado-se a escrever textos quase que poéticos. Me fez falta, pensei eu, escrever algo mais profundamente científico... algo que fizesse minha mente pensar com tenacidade.
Nos campos do amor, o coração é algo extremamente intrigante, pois suas razões são infundadas. É estranho amar, é difícil estar assim, neste estado de permanente tensão e vontade iminente. Tenho medo, medo do amor... pois é profundo demais, é algo que me faz sentir. Ao fim do raciocínio ilógico do amor, chego à conclusão que ele não foi criado para ser pensado, foi criado para ser executado... então, o mais que tenho a fazer é dançar a música do amor, correr meus passos no ritmo das batidas do meu coração e amar!

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