Pensamentos Contíguos
Eu uso óculos, trabalho e estudo. Tenho dor de cabeça. Falo porcarias na maior parte do dia, mas não pense que só sei delas. Escolhi viver sorrindo, porque sorrir é uma escolha, não um resultado. Todas as coisas que me cercam são motivo de riso, até as mais profundamente tristes. Escolhi fazer da fraqueza uma força, da tristeza a motivação, do pequeno salário a alegria do fim do mês, dos beijos motivos para continuar, da solidão a alegria de ser livre.
Sabe o que penso? Penso se um dia eu poderei deixar alguma coisa de boa no mundo. Algo que valha a pena, e que os outros que virem após mim possam aproveitar aquilo que pensei e vivi. Eu descobri que nada do que faço é novo, aliás tudo é sempre a mesma velha rotina.
Se as pessoas me acham prepotente, arrogante, egocêntrico é porque elas não perceberam o quanto me humilhei perante a minha própria existência para entender que tudo começa de baixo para cima. Todos os meus planos foram reduzidos ao mínimo para que eu entendesse que o mínimo é o começo do máximo, e eu achava que estaria automaticamente no máximo. Foi a maior desilusão da minha vida, saber que preciso estar abaixo para estar acima. Mesmo porque existem pessoas no mundo que nunca estiveram abaixo, e para satisfazer meu ego e minha vontade preciso ir pra cima.
Há pessoas no mundo que não tem vontade de subir na vida, que simplesmente continuam vivendo naquilo. Eu não consigo viver nisso, há quem diga que os capricornianos são assim, gostam de ascenção e de sentir que estão no topo, não desminto isso.
E hoje, o mais impressionante, é que eu gosto de viver a minha vida como ela é. Eu gosto de estar no lugar que estou, começando. Me sinto útil a mim mesmo, com raríssimas exceções.
Eu trabalho em uma garagem de ônibus, e que Alberto saiba que é a primeira vez que escrevo isso. Trabalhando lá eu tento dar o melhor que posso, às vezes é difícil acompanhar as situações que se passam, e mesmo porque, existem forças opostas por todos os lados. Ao mesmo tempo que eu quero ficar lá, eu tenho que pagar a faculdade, e sei que ela vai aumentar de preço. Sei que quero melhorar de vida, e construir um futuro novo, e pra isso preciso de um suporte. Sei que os outros esperam de mim o melhor e eu preciso de atender a estas expectativas. A Cida foi buscar um emprego que pague melhor, e mesmo assim eles não enxergaram o quanto precisamos ganhar melhor para desenvolver o trabalho que desenvolvemos aqui.
Eu chego em casa todos os dias depois da meia noite e meia, depois de ter estudado muito. E levanto às cinco e meia da manhã para vir trabalhar, chego no serviço às sete e meia, às vezes mais, às vezes menos, depende do ônibus. O relógio de ponto não computa o horário que eu chego, quando chego antes, se me atraso ele marca meu atraso, mas não marca quando me adianto.
Eu gosto de fazer as coisas bem feitas, por isso elas não são feitas rapidamente, gosto que sejam feitas muito bem pensadas. E fundamentadas. É engraçado quando as pessoas não entendem o que eu digo, e ficam questionando o motivo.
Não entro mais no mérito, essa discussão não está acabada, meus pensamentos não páram por aí. Mas não quero mais escrever sobre isso.
Fim.
Sabe o que penso? Penso se um dia eu poderei deixar alguma coisa de boa no mundo. Algo que valha a pena, e que os outros que virem após mim possam aproveitar aquilo que pensei e vivi. Eu descobri que nada do que faço é novo, aliás tudo é sempre a mesma velha rotina.
Se as pessoas me acham prepotente, arrogante, egocêntrico é porque elas não perceberam o quanto me humilhei perante a minha própria existência para entender que tudo começa de baixo para cima. Todos os meus planos foram reduzidos ao mínimo para que eu entendesse que o mínimo é o começo do máximo, e eu achava que estaria automaticamente no máximo. Foi a maior desilusão da minha vida, saber que preciso estar abaixo para estar acima. Mesmo porque existem pessoas no mundo que nunca estiveram abaixo, e para satisfazer meu ego e minha vontade preciso ir pra cima.
Há pessoas no mundo que não tem vontade de subir na vida, que simplesmente continuam vivendo naquilo. Eu não consigo viver nisso, há quem diga que os capricornianos são assim, gostam de ascenção e de sentir que estão no topo, não desminto isso.
E hoje, o mais impressionante, é que eu gosto de viver a minha vida como ela é. Eu gosto de estar no lugar que estou, começando. Me sinto útil a mim mesmo, com raríssimas exceções.
Eu trabalho em uma garagem de ônibus, e que Alberto saiba que é a primeira vez que escrevo isso. Trabalhando lá eu tento dar o melhor que posso, às vezes é difícil acompanhar as situações que se passam, e mesmo porque, existem forças opostas por todos os lados. Ao mesmo tempo que eu quero ficar lá, eu tenho que pagar a faculdade, e sei que ela vai aumentar de preço. Sei que quero melhorar de vida, e construir um futuro novo, e pra isso preciso de um suporte. Sei que os outros esperam de mim o melhor e eu preciso de atender a estas expectativas. A Cida foi buscar um emprego que pague melhor, e mesmo assim eles não enxergaram o quanto precisamos ganhar melhor para desenvolver o trabalho que desenvolvemos aqui.
Eu chego em casa todos os dias depois da meia noite e meia, depois de ter estudado muito. E levanto às cinco e meia da manhã para vir trabalhar, chego no serviço às sete e meia, às vezes mais, às vezes menos, depende do ônibus. O relógio de ponto não computa o horário que eu chego, quando chego antes, se me atraso ele marca meu atraso, mas não marca quando me adianto.
Eu gosto de fazer as coisas bem feitas, por isso elas não são feitas rapidamente, gosto que sejam feitas muito bem pensadas. E fundamentadas. É engraçado quando as pessoas não entendem o que eu digo, e ficam questionando o motivo.
Não entro mais no mérito, essa discussão não está acabada, meus pensamentos não páram por aí. Mas não quero mais escrever sobre isso.
Fim.
Comentários