Capítulo IV – Uma conversa displicente
Foi então que vi, quando Josué saiu da minha frente, que uma adorável criatura estava postada atrás dele. Ela acabou de descer do carro e estava sob um guarda-chuva negro do motorista da Santa Sé. Não há no mundo palavra que possa descrever a doçura daquela coisinha, seus olhos castanhos profundos contrastavam com seu tom de pele, levemente moreno.
Mudo, eu os acompanhei até dentro de casa. Finalmente chegamos ao calor de meu teto. As malas foram sendo postadas na sala e depois eu as levaria para os quartos, entretanto, tínhamos um delicioso café, com algumas broas de milho que mamãe havia preparado.
_Oh Josué! – estendi os braços para um abraço – como estou satisfeito em vê-lo!
Ele voltou-se pra mim e abraçou-me.
_Tu sabes muito bem que eu me atraso, mas chego – disse Josué – Desde que expressei, em carta, meu desejo de voltar para Boa Vista, você não tem deixado o assunto quieto. E agora cá estou.
_Ah Josué, você bem sabe que teu lugar é aqui – fiz uma pausa e indiquei o caminho da cozinha, mas continuei falando – E quem é esta doce moça que trouxe para cá?
Consegui sentir um leve rubor na face de Josué, então, ele falou:
_É minha protegida. Quando comecei a trabalhar na arquidiocese de São Paulo, fui mandado para vários lugares muito pobres. Em uma destas visitas encontrei Manuela. Os pais morreram durante uma tempestade, o morro em que a casa se encontrava, cedeu.
_Que história trágica. E desde então tu tens cuidado da garota.
_Sim. Ela é uma boa menina. Tem me ajudado muito nos afazeres de Deus.
_Mas vamos. O café está pronto. Tomem assento.
Coloquei o café na mesa, e tirei as broas do forno. Coloquei também uma manteiga feita aqui mesmo em Boa Vista, na fazenda do Sinhô Nicolau. Quando sentei-me, não pude deixar de olhar para a bela Manuela. Os cabelos profundamente negros e ondulados desciam por seu corpo de uma maneira tão espetacular, e a serenidade do rosto contrastava com o olhar decidido e penetrador que a garota tinha. Não agüentei, tive que perguntar algo a ela.
_Espero que você se sinta bem aqui em casa Manuela. Teremos muitas coisas para fazer aqui em Boa Vista, muitos lugares a conhecer. Você gosta do ar puro do interior?
Um silêncio se fez entre os presentes. Manuela olhava para mim de modo desconcertante. Eu não entendia o que significava aquele olhar. Josué terminou de mastigar a broa e virou-se para mim, dizendo:
_Ela não fala. Desde o acidente com os pais ela não abre a boca para dizer uma palavra.
Um rubor passou pelo meu rosto, e sinto que não pude ser discreto o suficiente para escondê-lo. Como eu poderia adivinhar uma coisa como esta. Olhei novamente para a bela Manuela, seus olhos estavam baixos, mas ainda assim a beleza incomparável da jovem fazia meu coração palpitar.
_Vocês fiquem a vontade – disse eu – Vou colocar as coisas de vocês nos quartos e preparar tudo. Tem mais café e, se quiserem, podem ligar o rádio.
Peguei as malas e segui pelo corredor que levava aos quartos. O meu era o último do corredor. Entrei no penúltimo quarto e deixei as coisas do Josué. Levei a mala de Manuela para o próximo quarto, mas então, por algum motivo que eu não posso entender, resolvi trocar a ordem dos quartos. Manuela ficaria mais próxima do meu quarto. E Josué mais distante.
Fiz a mudança rapidamente. Pude acender as luzes deixar os quartos bem aconchegantes. A chuva parou. Chamei a todos e uma boa noite de sono se seguiu.
Mudo, eu os acompanhei até dentro de casa. Finalmente chegamos ao calor de meu teto. As malas foram sendo postadas na sala e depois eu as levaria para os quartos, entretanto, tínhamos um delicioso café, com algumas broas de milho que mamãe havia preparado.
_Oh Josué! – estendi os braços para um abraço – como estou satisfeito em vê-lo!
Ele voltou-se pra mim e abraçou-me.
_Tu sabes muito bem que eu me atraso, mas chego – disse Josué – Desde que expressei, em carta, meu desejo de voltar para Boa Vista, você não tem deixado o assunto quieto. E agora cá estou.
_Ah Josué, você bem sabe que teu lugar é aqui – fiz uma pausa e indiquei o caminho da cozinha, mas continuei falando – E quem é esta doce moça que trouxe para cá?
Consegui sentir um leve rubor na face de Josué, então, ele falou:
_É minha protegida. Quando comecei a trabalhar na arquidiocese de São Paulo, fui mandado para vários lugares muito pobres. Em uma destas visitas encontrei Manuela. Os pais morreram durante uma tempestade, o morro em que a casa se encontrava, cedeu.
_Que história trágica. E desde então tu tens cuidado da garota.
_Sim. Ela é uma boa menina. Tem me ajudado muito nos afazeres de Deus.
_Mas vamos. O café está pronto. Tomem assento.
Coloquei o café na mesa, e tirei as broas do forno. Coloquei também uma manteiga feita aqui mesmo em Boa Vista, na fazenda do Sinhô Nicolau. Quando sentei-me, não pude deixar de olhar para a bela Manuela. Os cabelos profundamente negros e ondulados desciam por seu corpo de uma maneira tão espetacular, e a serenidade do rosto contrastava com o olhar decidido e penetrador que a garota tinha. Não agüentei, tive que perguntar algo a ela.
_Espero que você se sinta bem aqui em casa Manuela. Teremos muitas coisas para fazer aqui em Boa Vista, muitos lugares a conhecer. Você gosta do ar puro do interior?
Um silêncio se fez entre os presentes. Manuela olhava para mim de modo desconcertante. Eu não entendia o que significava aquele olhar. Josué terminou de mastigar a broa e virou-se para mim, dizendo:
_Ela não fala. Desde o acidente com os pais ela não abre a boca para dizer uma palavra.
Um rubor passou pelo meu rosto, e sinto que não pude ser discreto o suficiente para escondê-lo. Como eu poderia adivinhar uma coisa como esta. Olhei novamente para a bela Manuela, seus olhos estavam baixos, mas ainda assim a beleza incomparável da jovem fazia meu coração palpitar.
_Vocês fiquem a vontade – disse eu – Vou colocar as coisas de vocês nos quartos e preparar tudo. Tem mais café e, se quiserem, podem ligar o rádio.
Peguei as malas e segui pelo corredor que levava aos quartos. O meu era o último do corredor. Entrei no penúltimo quarto e deixei as coisas do Josué. Levei a mala de Manuela para o próximo quarto, mas então, por algum motivo que eu não posso entender, resolvi trocar a ordem dos quartos. Manuela ficaria mais próxima do meu quarto. E Josué mais distante.
Fiz a mudança rapidamente. Pude acender as luzes deixar os quartos bem aconchegantes. A chuva parou. Chamei a todos e uma boa noite de sono se seguiu.
Comentários
Manu pegou um busão. Um cara mamado na sagatiba, olhou bem para ela, fitou fundo nos olhos dela, e disse apaixonado, em frenesi:
"-Já que vc estava falando na Telefônica, eu acho..."
O ar se encheu de palavras e cheiro de Ipióca.
Eu já não se se esse padre é viado ~~'
Axo que ele é um ds meus colegas ahwuahuwa!